segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O pós

Quando nos deparamos por alguma coisa muito importante, complicada, desejada tentamos, desejamos, arquitetamos, respondemos, brigamos, lutamos, aceitamos e muitas vezes perdemos. 
E lidar com isso não é fácil.
Mas muitas vezes, graças a Deus, recebemos a graça... Passamos por algo tão tumultuado, tão sofrido, tão árduo e as vezes temos a graça de poder receber o presente que tanto queríamos. E quando a gente recebe é estranho. Depois de tudo? Como que se age "de boa", tranquila, coerente com aquela situação de presente ganho?
Se age com cuidado, afinal era o presente que mais se queria. Se age com admiração, afinal você pensa: agora é pra valer! Vai ser! Se age desconfiada, afinal você pensa: será que agora vai?
É tudo estranho porque se faz muitas projeções de como seria a coisa ganha. E quando acontece ela é simples. Mais simples do que se pensava. Mais tranquila. E se adaptar com a coisa tranquila depois de tanta guerra é no mínimo diferente.
Mas no fundo, se sente paz.
Se sente uma certa desconfiança: era isso então?
Mas se sente uma certeza que pode dar certo.
Porque durante todo o tempo do "quase", do "será" você viveu aquilo. Você sentiu e quis aquilo. E mais feliz ainda é quando você percebe que aquilo tanto que você queria era realmente bom. Era como se esperava. Era como costumava ser enquanto não era. Trazia alegrias simples, trazia contentamento, trazia paz. Paz. Quando se está com aquilo, aquele, aquela que te traz paz, risos, confiança, harmonia, não se pode desejar mais nada.

Enfim então o que você rezou, sempre pediu, sempre quis, está nas mãos para ser cuidado, preservado, alimentado.
Pra sempre, espera-se que sim.
Eterno enquanto dure. Que dure sempre. 
Estranho começar a agir com atitude de quem agora é ou tem. Não tem regras. Basta ser simples, coerente, autêntico. Acho que recebemos aquilo que queremos porque aquele que vem nos gosta como somos e vice-versa. Não precisa mudar. Só se melhora. Não se muda. E assim é. E assim vai... E assim o complexo pode ser simples e delicioso... E trazer paz...
Tudo que eu mais queria... Paz! 
Sentir, dar e receber amor... Belas novidades. Sempre bem vindas...

domingo, 10 de novembro de 2013

Voando

Quando lembrei de olhar meu blog, percebi que há mais de um mês não apareço por aqui.
Mas como assim passou tanto tempo?
Quem autorizou 2013 passar voando assim?
Eu não vi os meses se passando e não me lembro onde eu estava na Pascoa, Dia do Trabalho, Meu aniversário, 09 de julho. Isso é louco. Estranho. E já é novembro.
E tanta coisa aconteceu e mudou neste ano. E ao mesmo tempo um ano onde tudo pareceu se arrastar.
Medo... Estranho olhar e ver que daqui uns dias já é Natal. E ano novo. E existem coisas ainda pra se resolverem... Coisas que sempre deixamos pra trás. 
Será que deixar coisas sem resolver é a fuga que buscamos para manter o comodismo que julgamos saudável ter?
Acredito que sim. Neste ano de mudanças tão grandes pra mim, descobri que morro de medo de mudanças. Morro de medo de partidas. Morro de medo de despedidas. Morro de medo de começar de novo. 
Hoje o tempo foi bondoso comigo. No mesmo dia pude ver todas as pessoas que são importantes pra mim. Fazer as coisas que me agradam, cuidar de mim. Descansar. 
Dar e receber carinho. Cozinhar. Escrever. Comprar. Ouvir música. Arrumar a casa. Pensar em viagem. Pensar na vida. A toa.
Não sei, mas estava sentindo falta de mim.
Acho que quando estou mais comigo acabo conseguindo pensar mais nas coisas. Nas escolhas que faço. Penso mais no que está errado. No que pode ser certo. No que é. No que não é. No que não vai ser.
E aí, agora que já escrevi e divaguei sobre tudo, lembrei que eu queria falar sobre o absurdo da morte do menino Joaquim, de Ribeirão Preto. E aí lembrei que não ando conseguindo mais pensar em coisas ruins.
E será que tá certo isso? Empurrar pra depois as coisas que a gente devia resolver já?