segunda-feira, 17 de março de 2014

Demora

Sempre que fico muito tempo sem escrever acabo não sabendo por onde recomeçar.
Tantos assuntos... tantas coisas...
Acabei de ler: A felicidade só é real quando é dividida. Será? Depois de ter meus momentos sozinha, de saber dar valor a uma boa leitura, a um momento só meu, percebo que dividir algo bom com alguém especial é, sim, diferente. É mais real. É mais saboroso. 
É como se assim houvesse pra quem contar, de quem contar, com quem rir, com quem chorar, com quem ter medo. 
São os fragmentos da alegria que mostram o que é a felicidade. E os momentos de melancolia, angústia, tristeza, dor e desespero também temperam o dia-a-dia, para que saibamos valorizar o bem.
Mas, li também, que quando tudo vai bem, o melhor a se fazer é não se contar a ninguém. E descubro neste pensamento uma grande verdade! Ninguém precisa saber do seu andar, do seu passar, do que vai bem, do que vai mal. Aquele que sabe, sabe porquê está perto. Não foi preciso contar. Ele foi participante... E assim, longe do olhar malvado, invejoso, o bem cresce. A planta que muitas vezes moribunda, sufocada, consegue crescer, reviver. Ser de novo, ser mais forte. 
E aí vem também aquele sentimento de querer contar ao mundo o que é. De fazer saber que é. Que você é. E guardar tudo isso numa caixinha é tão difícil. Faz bem ser público. Faz bem que todos saibam que se é. Ao mesmo tempo que expõe, protege. Aproxima e afugenta. Muitos paradoxos pra pensar agora. Só sei que gostaria de ser sabida.  
E às vezes, de ser ignorada. 
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante. Que acaba sempre retomando seus pensamentos. Que acaba sempre sendo a mesma. Que bom. Gosto de ser quem sou. Admiro quem é o que é. Melhor, mais doce, mais confiante. Mas sempre com a mesma peculiaridade que faz o diferente ser sempre melhor.
Boa semana :)